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All Camané Lyrics (pt) Total 74

Camané - Fado livreNão ser livre, não consigo Por isso já decidi Se não for livre contigo Vejo-me livre de ti Se não for livre contigo Vejo-me livre de ti Amo-te à minha
Camané - Porta abertaEntraste em minha casa de mansinho P'la porta que te abri de par em par E juntos começamos um caminho Que não sabemos bem onde vai dar E juntos começamos um caminho
Camané - Último recadoNo dia em que me deixaste Nada quis do que te dei Tudo o que eu tinha levaste Nem com a saudade fiquei Tudo o que eu tinha levaste Nem com a saudade fiquei
Camané - SúplicaJá quantas vezes Te pedi que me esquecesses Ou que ao menos não viesses Não voltasses mais aqui Pois, tu não vês Que o mau viver que tu me dês Só pode ser por
Camané - EmboscadasFoste como quem me armasse uma emboscada Ao sentir-me desatento Dando aquilo em que me dei Foste como quem me urdisse uma cilada Vi-me com tão pouca coisa Depois do que tanto
Camané - CasaTentei fugir da mancha mais escura Que existe no teu corpo e desisti Era pior que a morte o que antevi: Era a dor de ficar sem sepultura Era pior que a morte o que
Camané - Noite TransfiguradaPodes estar enamorada Podes estar apaixonada N'algum delírio sem fim Mas não pode de repente Fazer-me sentir ausente Do teu caminho até mim Porque os
Camané - Depois Que Um Beijo Me DesteOutros amores já tiveste Maiores talvez do que este Mas uma coisa eu sei bem Depois que um beijo me deste Todos os outros esqueceste E a quem os deste também Um
Camané - Se Amanhã Fosse DomingoSe amanhã fosse domingo Eu não ia trabalhar Punha a roupa mais bonita Para irmos passear Se amanhã fosse domingo Eu não ia trabalhar Se amanhã fosse bem pago
Camané - Ponto de EncontroA medida em que me meço Mede a medida de um ponto A medida em que me meço Mede a medida de um ponto De encontro do que conheço Com aquilo com que não conto De encontro
Camané - Triste SorteAndo na vida à procura De uma noite menos escura Que traga luar do céu De uma noite menos fria Em que não sinta agonia De um dia a mais que morreu Vou cantando
Camané - O Espaço E O TempoO tempo com que conto e não dispenso Não limita o espaço do que sou Por isso aparente contrasenso De tanto que te roubo e que te dou No tempo que tenho te convenço Que mesmo
Camané - Sei De Um RioSei de um rio Sei de um rio Em que as únicas estrelas Nele sempre debruçadas São as luzes da cidade Sei de um rio Sei de um rio Rio onde a própria mentira
Camané - Fado Da TristezaNão cantes alegrias a fingir Se alguma dor existir A roer dentro da toca Deixa a tristeza sair Pois só se aprende a sorrir Com a verdade na boca Quem canta uma alegria
Camané - Esta Contínua SaudadeEsta contínua saudade Que me afasta do que digo E me deserta do amor Tem uma voz e uma idade Contra as quais eu não consigo Mais força que a minha dor Esta contínua e
Camané - Maria IINova luz, que me rasga dentro d´alma Dum desejo melhor me veste a vida... Outra fada celeste agora leva Minha débil ventura adormecida Não sei que novos horizontes vejo...
Camané - Guitarras De LisboaGuitarras, atenção, cantai comigo Calai o vosso pranto, trinai Como lhes digo, trinai Guitarras, desta vez, sem ar magoado Trinai esse meu canto Que é vosso este neu fado
Camané - Saudades Do FuturoDaqui desta Lisboa que é tão minha Como de ti que a amas como eu Mando-te um beijo naquela andorinha Que em Março me entregou um beijo teu Aqui neste jardim à tua espera Como
Camané - FilosofiasMeu coração, que pranteias? Não tenhas dó de ninguém... Não queiras penas alheias Que as tuas chegam-te bem!... Se fosses de gelo feito De mármore ou de granito Não
Camané - Noite ApressadaEra uma noite apressada Depois de um dia tão lento Era uma rosa encarnada Aberta nesse momento Era uma boca fechada Sob a mordaça de um lenço Era afinal quase nada
Camané - Disse-te AdeusDisse-te adeus não me lembro Em que dia de Setembro Só sei que era madrugada A rua estava deserta E até a lua discreta Fingiu que não deu por nada Sorrimos à
Camané - Elegia Do AmorO meu amor por ti Meu bem, minha saudade Ampliou-se até Deus Os astros alcançou Beijo o rochedo e a flor A noite e a claridade São estes, sobre o mundo Os beijos
Camané - Por Um AcasoEntendi que era verdade Toda aquela claridade A entrar pela janela Vi teus olhos a brilhar Duma cor que vem do mar E de todas a mais bela Foi o encanto desse olhar
Camané - MoteQuando a dor me amargurar Quando sentir penas duras Só me podem consolar Teus olhos, contas escuras Do´ eles só brotam amores Não há sombra d´ ironias Teus olhos
Camané - Sopra Demais O VentoSopra demais o vento Para eu poder descansar ... Há no meu pensamento Qualquer coisa que vai parar Talvez esta coisa da alma Que acha real a vida Talvez esta coisa
Camané - Escada Sem CorrimãoÉ uma escada em caracol E que não tem corrimão Vai a caminho do sol Mas nunca passa do chão Os degraus, quanto mais altos Mais estragados estão Nem sustos nem
Camané - Acordem As GuitarrasAcordem os fadistas Que eu quero ouvir o fado P’las sombras da moirama P’las brumas dessa Alfama Do Bairro Alto amado Acordem as guitarras Até que mãos amigas Com a
Camané - À Mercê De Uma SaudadeO amor anda à mercê duma saudade Com ele anda sempre a ilusão O nosso amor não tem a mesma idade Mas tem a mesma lei no coração Sabemos qual a ânsia da chegada E nunca
Camané - Memórias De Um ChapéuQuisera então saber toda a verdade De um chapéu na rua encontrado Trazendo a esse dia uma saudade D´algum segredo antigo e apagado Sentado junto à porta desse encontro
Camané - Fado SagitárioSe foi Deus que quis assim Nem tu sabes nem eu sei Mas tenho-te presa a mim Por tudo o que não te dei Se eu te desse o que tu queres Quem sabe se nesse dia Depois de tu

Camané

Camané
Camané, nome artístico de Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos (20 de dezembro de 1966, Oeiras, Portugal) é um cantor português conhecido por ser uma das mais destacadas vozes masculinas do fado.

Ainda jovem, começa a cantar e a gravar, influenciado pelo meio familiar. Em 1979, aos 13 anos de idade, vence a Grande Noite do Fado, que lhe abre portas para participações em várias produções teatrais de Filipe la Feria na década seguinte, como “Grande Noite”, “Maldita Cocaína” e “Cabaret”.

O primeiro disco mais sério, “Uma Noite de Fados”, sai em 1995. Gravado no Palácio das Alcáçovas, em Lisboa, dá início a uma longa colaboração com José Mário Branco, como produtor.

Para além do fado, o cantor tem feito incursões noutros géneros musicais. Em 2005, abordou compositores brasileiros como Vinicius de Moraes no espetáculo “Outras Canções”, no Teatro S. Luiz, em Lisboa. Em 2014, atuou no Festival Île de France, em Paris, numa homenagem a Cesária Évora, acompanhado pelos músicos da cantora cabo-verdiana.

Enquadrou ainda o projeto Humanos, com Manuela Azevedo e David Fonseca, que recuperou canções de António Variações 20 anos após a morte do cantautor, em 2004.