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All Cristina Branco Lyrics (pt) Total 157

Cristina Branco - Saudade [Murmúrios]Ai, se de saudade Morrerei ou não Meus olhos dirão De mim a verdade Por eles me atrevo A lançar nas águas Que mostrem as mágoas Que nesta alma levo Se me
Cristina Branco - Prova de EsforçoOuve lá Meu amigo, quem te manda Sentir algo mais que o chão Quero ir Quero ir correr contigo Deixa lá De bater contra as paredes Não as tornas algodão
Cristina Branco - Canto é SolidãoÓ minha guitarra porque chores Porque dobras tu as minhas horas E me fazes gostar desta amargura Não vês que este meu canto é solidão Ânsia, desejo de apertar na mão A dor
Cristina Branco - Fado LoucoNum fado louco e vazio Tracei um caminho frio Que meus passos palmilharam Andei por vales e montes Bebi a água das fontes Mas os meus lábios secaram Vão nos meus
Cristina Branco - Verdes são os CamposVerdes são os campos Da cor de limão Assim são os olhos Do meu coração Campo, que te estendes Com verdura bela Ovelhas, que nela Vosso pasto tendes De ervas
Cristina Branco - O Meu Cavalo PasseiaO meu cavalo passeia comigo à borda do mar Vai ele beijando a areia e eu vendo o tempo a passar O meu cavalo não gosta de rédeas para correr Só ele me dá resposta, só ele posso
Cristina Branco - NevoeiroNão sei quem sou nem quem és Há muito perdi o rumo Entre nevoeiro e fumo Vou e venho nas marés Não sei quem sou nem quem és Não sei se és orla de espuma Se és
Cristina Branco - Aquele Tão Triste DiaNo meio da claridade Daquele tão triste dia Grande era a cidade E ninguém me conhecia Então passaram por mim Dois olhos lindos Depois, {?} enfim
Cristina Branco - Mulher à JanelaNunca aquele portão se abre Tão é a janela Que lá os campos se veem nos olhos dela O rio a floresta enlaça em coroa de azul E pedras que verde vão passando corças esbeltas E
Cristina Branco - ChoroAi barco que me levasse A um rio que me engolisse Onde eu não mais regressasse P'ra que mais ninguém me visse Ai barco que me levasse Sem vela remos nem leme
Cristina Branco - Tive um Coração Perdi-oTive um coração, perdi-o Ai quem me dera encontrar Tive um coração, perdi-o Ai quem mo dera encontrar Preso no fundo do rio Ou afogado no mar Preso no fundo do rio
Cristina Branco - Ai, MariaQue bonita é a Maria, que bonita Que graça a Maria tem Como ela no cabelo põe a fita Como ela não a sabe pôr ninguém Tão bonita no cabelo aquela fita Mal morre a
Cristina Branco - DestinoQuem disse à estrela o caminho Que ela há de seguir no céu? A fabricar o seu ninho Como é que a ave aprendeu? Quem diz à planta - "Floresce!" E ao mudo verme
Cristina Branco - Barco NegroDe manhã,temendo, que me achasses feia! Acordei, tremendo, deitada n'areia Mas logo os teus olhos disseram que não E o sol penetrou no meu coração Mas logo os teus olhos
Cristina Branco - Formiga Bossa NovaAssim devera eu ser Assim devera eu ser Assim devera eu ser Assim devera eu ser Minuciosa formiga Não tem que se lhe diga Leva a sua palhinha Não tem que se
Cristina Branco - MariaMaria gosta do risco Gosta de quem tem fé E dos que perdem tempo À procura do que mais ninguém vê A melodia que guarda Uma palavra simples Dessas que estão na boca
Cristina Branco - A DoutoraA Doutora Não terá por aí Uma cabeça a mais Que me dispense? É que esta pesa, afunda entre os ombros Não larga o que passou Não quer saber O que aí vem A
Cristina Branco - Conta-me dos VivosSó te conto da pequena guerra Das saudades que tenho da terra Ontem pensei que não te via mais Eu que nem sei rezar, rezei Nem te conto da noite passada O céu gemia
Cristina Branco - Contas de MultiplicarDo princípio ao fim Risca o mapa ao acaso Um trilho, um traço (Veloz) Nos cadernos tortos Já a noite virou dia Nem eu nem tu Soubemos como Demora
Cristina Branco - Deus ÀO acaso que fosse intimidades Se  tiveres Dias  há, dias há Havendo tempo Palavra, façam as contas Deus  à, Deus à Façam  as contas Deus à, Deus à Todo 
Cristina Branco - O Gesto DelaEla tem um gesto que é só dela Feito de ar e movimento Tão delicado Nunca atropela São em ato atrevimento Enquanto distraída, tagarela Quem a ouve no momento
Cristina Branco - Quando Eu CantoQuando eu canto a voz perdoa O que vai no pensamento E a raiva quase que voa Como se a levasse o vento Como se a levasse o vento Essa angústia permanente Sempre a
Cristina Branco - RosaTu és, divina e graciosa Estátua majestosa do amor Por Deus esculturada E formada com ardor Na alma da mais linda flor De mais ativo olor Que na vida é preferida pelo
Cristina Branco - Minha SorteQuis esquecer a minha dor e não encarar a cor Da verdade nua e crua Quis fugir do teu amor e à procura de melhor Fui parar à tua rua E à tua porta coisas belas a espreitar
Cristina Branco - Afinal, O Que É Que Vês Em MimAbre a gaveta e sem querer tropeça No pés de uma carta esquecida em que lê: "Afinal, o que é vês em mim?" À ingrata pergunta nem sabe bem Se deu resposta concreta
Cristina Branco - As Mãos e os Frutos XVIIIImpetuoso o teu corpo É como um rio onde o meu se perde Onde o meu se perde Se escuto só oiço o teu rumor De mim nem um sinal mais breve Nem um sinal mais breve
Cristina Branco - O Enjeitado IINo fundo, sinto-me apodrecer Agora sei onde e de quê irei morrer À beira do Tejo, de suas margens Macilentas e inclinadas Nada é mais belo e triste De existência sublime e
Cristina Branco - Prelúdio{Verso} Reteso as cordas desta velha lira Tonta viola que de mão em mão Se afina e desafina, e donde ninguém tira Senão acordes de inquietação Chegou a minha vez, e
Cristina Branco - RossioDeixo o lixo à porta A rir com persistência A pá deve estar torta Gabo-lhe a paciência Faço por não existir Nem o reflexo no chão É raro ver-me sorrir Nem na foto
Cristina Branco - ArmadilhaPus a pata na armadilha Liberdade numa anilha passou logo a ser possível Por incrível que pareça passou logo a ser possível Contei dores peça a peça Já nem conta o prejuízo

Cristina Branco

Cristina Branco
Cristina Branco (nascida a 28 de dezembro de 1972, Almeirim, Portugal) é uma cantora portuguesa conhecida pela interpretação de fados do reportório de Amália Rodrigues e pela sua conexão forte com a poesia.

Na sua juventude, nunca se interessou muito pelo fado, apesar de viver no Ribatejo, terra do fado marialva. Contudo, certo dia, o avô mostra-lhe um disco de Amália e fica deslumbrada, mas isso não chegou para a convencer pelo caminho do fado. Foi numa taberna em Almeirim que sentiu o impulso para cantar e a sua voz convenceu os guitarristas presentes, nomeadamente Custódio Castelo, com quem viria a casar-se.

O primeiro disco, “Cristina Branco In Holland” (1998), surge da iniciativa de José Melo, fotógrafo e presidente do Círculo de Cultura Portuguesa na Holanda, que aprecia a sua prestação no programa “Praça da Alegria” da RTP1 e convida-a a cantar em Amesterdão.

Desde então, tem construído uma carreira internacional, com concertos um pouco por todo o mundo. Junta colaborações com alguns dos seus poetas e compositores favoritos, como Manuela de Freitas, Jorge Palma, Pedro da Silva Martins ou Mário Laginha, e “Menina” (2016) foi considerado o Melhor Disco pela Sociedade Portuguesa de Autores em 2017.