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Sam The Kid - 16/12/95

 
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{Intro}
"Estás predestinado para o êxito
A tua vida será um longo e amplo êxito
A menos que tu próprio tenhas quebrado tal destino"

{Interlúdio}
- "Ohhh, como é que é mano?"
- "Então, como é que é Samuel?"
- "Tá-se bem boy?"
- "Queres vir até ao Alcântara?"
- "Vamos boy até ao Alcântara boy, mas primeiro vai haver uma festa no D. Dinis boy, aquelas do final de período. Tava a pensar ir até lá e depois bazávamos até o Alcântara boy"
- "Então a gente vê-se lá"
- "Vá boy um gajo vê-se lá. Aparece lá, vou bazar"
- "Acho que sim"
- "Fica, boy"

{Verso 1: STK}
Fui para a boda do D. Di a sina era d'um bom dia
Ela olhava mas escondia a sua admiração
E eu olhava e respondia com satisfação
Até porque eu já sabia aquilo que ela sentia
O nome dela é Sofia, e pertencia à associação
Tinha a companhia de um G que não parecia são
Ela passou por mim só para fazer a apreciação
Perdeu a vergonha, começou na aliciação
Inicia o coro com a sua mão macia
"Não queres ir lá para fora onda a rua está vazia"
Não! Prefiro o meu quarto que é a 100 metros daqui
Vens?
"Só se prometeres dar-me momentos incríveis"
Ela era engraçada e a tusa era tanta
Que eu fui dizer ao Marco que já não ia ao Alcântara
Bazei. Já tou no quarto com a minha parceira
Perguntou quanta damas tive, eu disse que era a terceira
E foi na boa, fomos à Lua e nem vimos Vénus
Éramos ingénuos, só com 16 anos
Na adolescência pensamos que somos eternos
E não se pensa na consequência dos enganos (ok)
No final do coito apertei-a com um braço
E no final da noite à porta eu beijei-a na face
Xau ai..!! Queres que eu vá contigo?
"Não deixa estar a minha casa é ali"
Desceu o prédio e eu nunca mais a vi
Questionei-me mas nem me preocupei assim tanto
Eu sabia que iria vê-la no segundo período
Voltei a vê-la em Janeiro
E ela puxou-me para um canto da sala de convívio e disse:
"Não me veio o período"
Eu já sabia! "Eu já sabia? Se eu soubesse não subia!"
Shiuuu... Tem calma Sofia
Nesse dia ela tremia e eu senti-a nervosa
Já fizeste o teste? "Fiz e ficou cor-de-rosa"
Presumi que era a cor que não devia ser vista
Não sabia o que sentir numa emoção mista
Por um lado era o medo de ser um pai cedo
Mas por outro era o orgulho que qualquer pai sente
E o aborto não ia de acordo com os ideais dela
E ela sabia que por mais que ela quisesse
Os pais dela nunca aceitariam ser avós agora
Mas a escolha é nossa, somos nós agora

{Conversa: Sam The Kid e Sofia}
- "Tu tens esse filho, não te preocupes. Vamos tentar arranjar uma solução para resolver isto."
- "Mas nós não temos casa e estamos a estudar e..."
- "Pá não interessa, não interessa. Eu falo com a minha mãe ou vamos para casa dos teus pais. Não interessa. Pá, nem que a gente tenha de sair da escola, vamos trabalhar, vamos tentar arranjar um... epá, sustentar a nossa cena"
- "Ok epá ya, se for assim ya, ok eu estou nessa"
- "Então pronto"

{Verso 2: Sam The Kid}
Passou a ser a minha dama oficial
Foi difícil todo aquele drama inicial
O essencial agora é um sustento para o miúdo
E por o nosso estudo suspenso
Beneficiá-lo num acordo por extenso
Um casório num cartório sem um fato nem vestido
Só as juras de um tempo investido
No amor e no destino que o meu quarto fez
Deu-nos uma gravidez que ia no quarto mês
Mas se houvesse um pouco mais de sensatez
As nossas vidas ainda poderiam ser as mesmas... mas
Agora é tarde demais, a escola ficou para trás
E a ecografia apresentou um rapaz
Ponderámos Nuno, Bruno, Daniel ou Tomás
Escolhe tu amor, por mim tanto faz
"Eu gosto de Daniel Mira, rima com o pai"
Disse ela bem disposta, mas na Alfredo da Costa
Ela só dizia: aiiiiiiii!
E é quando ele sai, é logo apresentado, as mamas da mãe
Com 3 kg e 300 gramas, sem problemas
Olho comovido ao vê-lo adormecido
A sogra diz que é parecido com um tio falecido
É o ritual da parecença à nascença
Tem a visão especial de saber ver a diferença
Em sinais ensinados pela geração anterior
Numa intuição interior de quem tem experiência
Depois da criança nascer veio a divergência
Vi o romance a descer em prol da nossa descendência
Porque eu fui para casa dela mas não fui bem aceite
Bulia para ter roupa, fraldas e leite
E ao fim do dia eu vinha feito num 8 do "bulls"
E mais à noite saía com o Marco, eu falava e reflectia
Não foi isto que eu queria mas foi o que eu mereci
Eu gosto de rap, até podia ser um bom MC
Mas rimas não pagam contas e eu tenho bués
Estou cansado de ir às compras ao mercado
Com o cash bem contado
Só amava a criança, ela já não me atraía
Porque eu tirava a aliança cada vez que eu a traía
E esta é a altura que estou a pensar em deixá-la
Porque a gente já não fala só discute e o puto gala
Sonhos de bengala no Natal a trocar prendas
Embrulhadas em embalagens agora só são miragens
E no bar com o Marco disse eu não mereci tanto azar
Se eu pudesse voltar atrás iria ao Alcântara-mar

{Outro}
"Como é possível quebrar o destino
Se eu tenho o meu e cada um tem o seu?"

{Interlúdio}
- "Então Samuel, como é que é ? Sempre vamos ao Alcântara?"
- "Vamos vamos boy, baza boy. Tava ai uma chavala a fincar com um gajo... mas essa xavala um gajo vê todos os dias, por isso baza pa Alcântara"
- "Ya caga nisso. Vamos apanhar tarifa. Olha ali um.."
- "Élio!"

{Verso 3: STK}
Demos a fuga num fogareiro que figurava
Uma verruga com um tamanho que não se ignorava
Na 24, CBR 600 eu vejo 6
E há mais Shoeis e Arais que adolescentes
Que vibram com ráteres e quem passa buzina
Mas quem quer ver mulheres que passe então no Benzina
Mas só bate a partir das 4 para cima então ainda é cedo
Agora é Alcântara e a gente já se aproxima do Pedro
O homem da porta privada, o homem que aborta a entrada
Ou leva a saída a quem se comporta de forma errada
E o Marco aborda-o por dentro porque a nossa moral
Depende de quem nos ponha lá dentro
A espera foi curta para que alguém viesse
E fizesse o sinal ao Pedro que nos desse o acesso
No interior a música, moca, sufocas, o flash
Que pisca na pista enquanto damos a volta da praxe
Se curtes dançar e queres ter atenção
Aqui não há rodas, só tens colunas ou o balcão
Mas o balcão é mais pró Big,o Manel e as dançarinas
Que divulgam a pele que apela à provocação
Vejo a coluna disponível, estou com disposição
Tenho toques novos hoje vou dar a exposição
Mas logo a seguir há uma dama sbi que me pede para subir
E eu não consegui fazer a exibição, que eu queria
Mas se é paparia é bem vinda e esta não é excepção, é bem linda
(sobe, sobe)
A pussy já não esta lúcida a música alucino-a
Roça-me a mama e eu vi-a na cama, cama-leoa
Ela tem aliança no dedo mas sem medo da dança
Num contacto sensual dá-me insegurança
Mas que a incentiva a ter iniciativa
A dar-me um kiss e cativa-me fisicamente
Enquanto ela mexe eu mexo também
Mas já vejo 10 boys que olham e eu desço e venho
A xavala que eu nem sei como chamá-la
Então pergunto o nome e onde é que mora para puxar um assunto
É a Dora dos Olivais e hoje está sozinha, os pais estão fora
E eu digo que ela é minha vizinha
A seguir ela pergunta, eu respondo mas minto
Sou o Samuel, trabalho na Junta e já tenho 20
Ela tem 26, é muito mais madura
E quanto mais minto ela mais curte, mais me atura
E não veio acompanhada mas tenciona
Levar-me para zona dela com um coro que funciona
E um corpo que pressiona, beija-me e menciona
Que quer-me imenso e eu vou na
Conversa e penso que eu não passo
Duma conquista, uma vitória, uma atracção aleatória
Um destino que nos uniu no mesmo espaço
O Marco passa na sala onde eu estou sentado
Com um sorriso e um acenar que diz estás orientado
A minha mão bate na outra quer dizer vou bazar
A cabeça dele diz sim e eu mostro o meu polegar
Já estamos cá fora e a Dora já não sabe o lugar que deixou o bote
E quando acha eu digo vai devagar
Ela já tá apeada mas confessa que fica toda molhada
A guiar mais depressa, conversa fiada
É o pensamento que me vem à cabeça, e eu deixo que ela acelere
Só pede se pode tocar onde ela quiser
E eu deixo, e ela quer abrir o meu fecho éclair
Com uma mão na direcção e a outra na minha erecção
Sou um fantoche, um fétiche que a Dora adora
O pendura que a Dora explora na viatura
O táxi que me leva ao clímax, e eu estou quase a chegar
Ela olha-me e?!!

{Outro}
"Cada um é alvo incessante das suas influências, sabes?
E entre as influências há as boas e más, negativas e positivas"

{Verso 4: STK}
Acordo e há uma luz que me encandeia
Ouço choro no fundo e tenho soro numa veia
Só me consigo lembrar duma coluna num bar
Vem um médico que me fala da coluna lombar
Que nunca mais vou andar
Porque a parti num acidente de automóvel
Em que eu fui o sobrevivente
De repente veio-me o flashback desse dia
Se soubesse tinha ido com a Sofia

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Sam The Kid

Sam The Kid

Song Description

Biography

Samuel Martins Torres Santiago Mira, de nome artistico “Sam The Kid” (aka STK), é um poeta, rapper, músico e produtor, nascido em Marvila, mais propriamente em Chelas, a 17 de julho de 1979.

Foi depois de ter ouvido “93 Til Infinity” (1993) dos Souls of Mischief, que Samuel começou a desenhar o seu futuro na música a lápis mais carregado, sendo que já tinha contato com a cultura hip-hop através do breakdance.

Nos finais de 1995 iniciou-se com o seu primeiro grupo Official Nasty, juntamente com 2 Much, Sheriff e Daddy-O-Pop.

Em 1999, Sam The Kid lança-se no panorama musical com o álbum de estreia Entre(tanto), considerado por muitos um grande avanço no hip-hop nacional que na altura tentava ganhar o seu próprio espaço.

Sobre(tudo) foi o sucessor, lançado em 2001, com colaborações de artistas como Regula, NBC, e GQ Barbosa. O primeiro single a ser lançado deste álbum, “Não Percebes”, tornando-se mais tarde um dos temas mais populares do artista.

Em finais de 2002, surge o primeiro álbum de instrumentais de STK, chamado Beats vol.1: Amor, inspirado pelo amor dos seus pais.

Pratica(mente) surge em 2006 como o terceiro álbum de originais do artista, ficando como um grande marco do hip-hop nacional.

Durante os anos, após participações em diversos temas e álbuns de alguns artistas, lançamentos de projetos em nome do grupo Orelha Negra, reedições dos álbuns Sobre(tudo) e Pratica(mente), e uma trilha sonora de um filme.

Em 2018, chega até nós o projeto Mechelas, uma compilações de faixas produzidas por Sam The Kid, lançadas ao longo dos anos de 2016, 2017 e 2018 e repleto de colaborações de nomes bastante conhecidos no panorama musical nacional, como Bispo, Blasph, Bob Da Rage Sense, Boss AC, Ferry, GROGNation, Phoenix RDC, entre outros, contando sempre com produção de Sam The Kid.

O músico faz parte ainda da banda Orelha Negra desde 2010, onde toca MPC.
É considerado um dos rappers mais influentes do panorama nacional de hip-hop, tendo trabalhado em conjunto com vários músicos, mesmo a nível internacional. Em 2016, sensivelmente, iniciou o projeto TV Chelas, um canal de YouTube do artista, onde expõe vários arquivos, projetos inovadores e entrevistas exclusivas.

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