Drai - Eterna Primavera

Não há tempo para
Entrar em pormenores
Eu sei que, para viver momento
Há que deixar para trás
O preto e o branco, venha o cinzento
E o "tanto faz"

Vê o quão pequeno sou
Embico os meus pés
E comparo como estou
E o que para mim és
Teimo em querer mais sem mais ser
Quero eterna primavera

Comparo-me a ti
Comparo-te a quem
Se compara a ti a mim também
Separa-me a mim de ti se convém
Segue o teu caminho, sigo o meu também

Fui posto na estrada, mas a mеio gás
Condenado ao trânsito na retaguarda
Sei quе tenho gente mesmo à minha frente
Mas há gente atrás com mais cilindrada

Teimo em querer mais sem mais ser
Quero eterna primavera

Teimo em querer mais sem mais ser
Quero eterna primavera

Fujo à tentação de fazer tudo para os outros
Tento ser mais maduro, estou seguro dos meus podres
Sigo a minha vida com dois pés no travão
Porque a lava só desce e nasci num vulcão
Pouco esforço é necessário quando cresces no topo
Desces um pouco
Bebes do poço que
A chuva encheu sem que mexesses uma palha
Sentiste-te impostor e contruíste uma muralha
Protege-te da dor e faz-te rijo na fachada
Pedra a pedra perdes o teu fio à meada
E dás por ti partir muito cedo para a chapada
Mas está tudo bem
És como ninguém
És impenetrável, mas
És inquestionável, hãn?
Cegos são os outros
Não vêm o que pensas
As tuas falas extensas
Que ofereces como prendas
Há mais na vida que levas
Vai à rua
Estica as pernas
Tenta ouvir ideias externas e outras merdas
Teimo em querer mais sem mais ser
Quero eterna primavera
Quero eterna primavera